sexta-feira, 20 de abril de 2012

IX Encontro Regional Sul de Travestis e Transexuais - Curitiba - Paraná

Em breve o IX Encontro Regional Sul de Travestis e Transexuais, será realizada em Curitiba, pelo Transgrupo - Associação de Travestis e Transexuais - Data a definir... Aguardem...

sábado, 14 de abril de 2012

Carla Amaral - Diretora Presidente do Transgrupo Marcela Prado

Conheçam a trajetória da Diretora Presidente do Transgrupo:
Carla Amaral - Diretora Presidente do Transgrupo Marcela Prado: de Curitiba, estado do Paraná. Fundadora e atualmente atua na presidência do TMP – Transgrupo Marcela Prado - Associação de ...

Vídeo "Geração Trans - Construindo Identidade"

Confiram o vídeo: Geração Trans - Construindo Identidade

Transgrupo Marcela Prado: Vídeo "Geração Trans - Construindo Identidade": Vídeo do projeto Geração Trans, onde as Transexuais Andreia Cantelli e Sabrina Mab Taborda e a Travesti Barbara Bueno contam suas trajetória...

Transexuais e travestis vão poder usar nome social...

 Transexuais e travestis vão poder usar nome social...: No dia   21/11/2011 - 11h11 Da Agência Brasil Brasília - Está na edição de hoje (21) do Diário Oficial da União a Portaria Nº 1.612 ...

Melhoras no Processo Transexualizador no SUS

Em Brasília nos dias 27 e 28 de março de 2012, aconteceu a 10ª Reunião da CISPLGBT (Comissão Intersetorial de Saúde da População LGBT) do Conselho Nacional de Saúde. Gestores, acadêmicos, conselheiros e membros da sociedade civil organizada estiveram presentes.

Foram discutidos O Processo Transexualizador no SUS e (des)psiquiatrização/ (des)patologização das transidentidades e saúde sexual lésbica. Os homens trans presentes foram Leonardo Tenório (Recife), Leonardo Manera (Fortaleza), Raicarlos Coelho (Belém) e André Lucas (Curitiba) e falaram sobre o acesso ao Processo Transexualizador no SUS dos homens trans. A Associação Brasileira de Homens Trans - que está sendo oficializada - foi representada na reunião pelo Leonardo Tenório, Leonardo Manera e Raicarlos Coelho.

Bons resultados da reunião

Será criado um Grupo de Trabalho par revisar a Portaria SAS/MS Nº 457/2008 no intuito de mudar o modelo do Processo que atrapalha o acesso à saúde: como só permitir pessoas com mais de 21 anos; não incluir demais transgêneros que não se identificam como transexuais; melhorar a metodologia de "diagnóstico" (que exigem 2 anos de espera e psicoterapia compulsória).

O Grupo de Trabalho será composto por membros do Comitê Técnico de Saúde a População LGBT, acadêmicos, representante do Conselho Federal de Psicologia e pessoas trans da sociedade civil organizada. Os homens transexuais que representarão nossa população será Guilherme Almeida (membro do Comitê Técnico de Saúde da População LGBT, assistente social, mestre em saúde coletiva e professor da UFRJ), Raicarlos Coelho (militante, filósofo, estudante de direito e funcionário da Defensoria Pública) e Leonardo Manera (militante e ex-professor universitário).


O Ministério da Saúde, além de publicar uma nova portaria estabelecendo mudanças no Processo, também se comprometeu em, ainda este ano, ampliar o Processo Transexualizador no SUS melhorando os quatro serviços de referência existentes e aumentar de quatro para oito a quantidade de serviços de referência. Fortes candidatos aos novos quatro centros serão Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Goiania (GO). Mas também há outros candidatos, como Uberlândia (MG), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA).


Também serão criadas linhas de pesquisa sobre saúde trans no Brasil para conhecimento de dados que possam sustentar uma melhora nas políticas públicas de saúde voltadas à população trans no Brasil.


A temática da despatologização/ despsiquiatrização das transidentidades foi bastante conversada na reunião e será realizado um seminário sobre o tema convocado pelo Comitê Técnico de Saúde da População LGBT (que assessora o Ministério da Saúde) com representantes do comitê, acadêmicos, pesquisadores, especialistas e representantes de entidades de trabalhadores da saúde.


Também será realizado outro seminário mais extenso sobre o Processo Transexualizador no SUS em maio/2012, para a apresentação da revisão da portaria e criação de melhor momento para discussão desta temática.


As mudanças não acontecerão com rapidez de poucos meses, mas sem dúvidas em 2013 nosso panorama será outro.


Fonte: FTM BRASIL

Câncer de Mama no Homem Transexual (FTM)

   Até o momento não existem estudos de longo prazo sobre o risco de câncer de mama em homens FTM (Female to Male). O que é recomendado segundo a Dra. Jamie Feldman, especialista em Medicina Transexual da Universidade de Ilinois, está resumido abaixo.
     Com relação ao câncer de mama os homens FTM são divididos em dois grupos. O primeiro grupo engloba os pacientes que não foram submetidos à cirurgia de masculinização do tórax em uso ou não de testosterona e o segundo grupo engloba os pacientes submetidos à masculinização do tórax em uso ou não de testosterona. Ou seja, com relação ao câncer de mama, as evidências atuais apontam que a cirurgia é importante na redução do risco e o uso ou não de testosterona não influencia no risco.
     No primeiro grupo, não foi observado evidência de aumento do risco de câncer de mama quando comparados homens FTM e mulheres biológicas. Essas observações são de estudos realizados nos EUA. Em um deles, o Dr. Dimitrakakis tratou 508 mulheres na menopausa e observou que o uso de testosterona não aumentou e inclusive poderia diminuir o risco de câncer de mama relacionado a reposição hormonal de estrogênio na pós-menopausa. Outros estudos demonstraram um discreto aumento ou discreta diminuição no risco de câncer de mama. Assim, não existe evidência concreta de aumento de risco para homens FTM antes da masculinização de tórax em uso ou não de testosterona e a recomendação é que seja seguido os protocolos de rastreio de câncer de mama idênticos aos das mulheres biológicas.
     No segundo grupo, os homens FTM que foram submetidos a qualquer uma das técnicas de masculinização de tórax, chamada por muitos de mastectomia, permanecem com alguma quantidade de tecido mamário para a obtenção de um resultado cosmético mais natural. Essa quantidade de glândula mamária residual é equivalente ao tamanho da glândula mamária masculina e está situada predominantemente atrás da aréola e dentro da papila (mamilo). Se for retirada resultará num aspecto de afundamento desse local. Muitos estudos em mulheres biológicas submetidas à mamoplastia redutora observaram a redução do risco de câncer de mama proporcional a quantidade de glândula mamária removida.
     A incidência de câncer de mama em homens biológicos é 1/100 da incidência em mulheres biológicas. Entretanto, o risco de câncer de mama entre homens com síndrome de Klinefelter é cinquenta vezes maior do que nos homens biológicos. Homens com síndrome de Klinefelter possuem cromossomos XXY, testosterona menor que de homens biológicos, estrogênio e gonadotrofinas maiores do que homens biológicos e ginecomastia.
     Posto isso, homens FTM possuem algumas características semelhantes aos homens Klinefelter e isto tem sugerido um risco maior de câncer de mama em homens FTM quando comparados a homens biológicos. Assim, é recomendado exames anuais do tórax e axilas devido ao pequeno, contudo ainda possível, risco de câncer de mama nos homens FTM submetidos à cirurgia de masculinização do tórax.